Igualdade de Género e LGBT+
Para descrever os indivíduos, o género é uma das primeiras categorias utilizadas e uma das que mais influencia a vida social.
As questões de género encontram-se ligadas a questões de desigualdade e poder nas sociedades, definidas habitualmente como as diferenças de estatuto, poder e prestígio que homens e mulheres adquirem em grupos. Numa sociedade patriarcal, a mulher estava associada à maternidade e aos cuidados, mantendo-se alheia aos espaços de tomada de decisão.
As profundas e rápidas mudanças sociais da segunda metade do século passado tiveram forte impacto nos papéis sociais de homens e mulheres, com destaque para a entrada da mulher na vida pública, nomeadamente no mercado de trabalho.
Concretamente em Portugal, a feminização da população ativa é uma tendência incontornável das últimas décadas. A FEUP, ainda que inserida numa cultura de cariz tradicionalista onde se perpetuavam antigos papéis sociais de homens e mulheres onde os homens preferiam as engenharias e as tecnologias,tem vindo a assistir a uma tendência, ainda que muito gradual, de igualar os géneros.
A diversidade que advém da orientação sexual e da identidade de género não pode ser abordada de forma isolada dos outros vetores de diversidade que atravessam cada indivíduo.
Alcançar a igualdade efetiva das pessoas LGBT+ e independentemente do género é uma responsabilidade conjunta.
Reconhecimento e respeito pela orientação sexual e identidade de género faz parte do que entendemos por direitos humanos.
Todas as pessoas têm direito a uma vida digna e livre de violência e o contexto universitário é um espaço onde as pessoas passam grande parte do seu tempo.
Queremos, assim, garantir que a igualdade e a não discriminação são reais e efetivas para todas as pessoas que estão na FEUP, de forma a evitar comprometer o convívio, o bem-estar, o sucesso escolar e o desenvolvimento pessoal e profissional de homens, mulheres, sem género binário e independente da orientação sexual.
Pretendemos criar um ambiente seguro para a interação da comunidade universitária em relação à orientação sexual e à identidade de género.
Ainda que os preconceitos possam ser inconscientes, sem intenção de discriminar de forma explícita, não podemos permitir, nem individual nem coletivamente que sejam naturalizados.
Propomos prevenir, detetar e não tolerar qualquer tipo de discriminação, invisibilidade forçada, rumores e comentários ofensivos que perturbem o ambiente e a comunidade que convive na nossa faculdade.