Carolina Campos de Fraga: 3 anos atrás, quando iniciei meu percurso como mentora no programa EA.First, mal sabia o quão profundo seria o impacto que teria não só nos mentorados, mas também em mim mesma. Quando entrei na faculdade, infelizmente, não havia programas de mentoria disponíveis e, por estar em um ambiente totalmente novo e sem conhecer ninguém, minha adaptação não foi muito rápida nem muito fácil. Sempre senti que havia uma falta de apoio aos novos estudantes e que a comunicação com colegas mais velhos não era muito fácil. O programa de mentoria veio como uma solução a todos esses problemas e quando soube de sua existência, não demorei a me envolver como mentora.
Ao longo dessa incrível experiência descobri que ser mentor vai para além de apenas partilhar conhecimentos e experiências. Envolve empatia, comunicação, compreensão, respeito, flexibilidade e paciência. Acima de tudo, envolve proporcionar um porto seguro e testemunhar o gratificante progresso dos mentorados, sabendo que fui capaz de desempenhar um papel em sua adaptação a um ambiente tão novo e, para alguns, tão “assustador”. Assim, o desenvolvimento de minhas habilidades interpessoais e o meu consequente crescimento pessoal e profissional andam lado-a-lado com essa oportunidade tão enriquecedora que é poder apoiar e ajudar novos colegas. Acredito que todos só tem a ganhar fazendo parte dessa experiência e, por isso, incentivo todos a participar.
Francisco António Machado Mahú: A entrada no ensino superior obriga-nos a sair da zona de conforto e a lidar com novos desafios. A mentoria permitiu ajudar os novos estudantes, e a garantir um apoio de forma a agilizar os primeiros passos na faculdade. Como mentor tive a oportunidade de ajudar os meus mentorados, simplesmente ao estar presente e disponível, e passando parte do que eu e outros colegas fomos aprendendo ao longo da nossa vida académica. Fosse com dúvidas, sobre o funcionamento das aulas ou da faculdade, falta de motivação, ou apenas a conversar, quero acreditar que lhes ajudei a aproveitarem melhor o primeiro ano, com menos preocupações e mais integrados na FEUP. Pessoalmente, a mentoria ensinou-me a ser uma pessoa mais empática, disciplinada e compreensiva para com outros.
Inês Maria da Costa Pôças: No meu primeiro ano, considero que ter um mentor foi uma mais valia, uma vez que as minhas mentoras me conseguiram ajudar e dar ferramentas de estudo que se revelaram úteis para esta nova etapa. Com elas, não me senti “perdida” neste mundo novo que é a faculdade. Foi com elas também que a minha adaptação aos espaços e professores foi mais fácil. Mal tive oportunidade inscrevi-me para ser mentora de modo a conseguir ajudar os novos colegas!
Ana Luísa da Rocha Gomes: Estudar numa faculdade exigente e reconhecida é um peso e orgulho enorme que se tem de exercer. Isto nem sempre é fácil de manter, especialmente com aqueles que serão dos anos mais marcantes da nossa vida e que forçaram a uma mudança dos nossos costumes. No entanto, não estive sozinha, com a mentoria de Engenharia do Ambiente, várias pessoas ajudaram-me neste percurso e retive amizades com algumas das pessoas mais fantásticas que conheci e que me “salvaram” destes dilemas.