Codificação usando entidades IFC

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Revisão em 19h58min de 30 de setembro de 2013 por Sérgio Pinho (discussão | contribs)
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O recurso à codificação usando Industry Foundation Classes (IFC) poderá constituir um importante meio para a melhoria das condições de interoperabilidade, permitindo também a automação de sistemas entre outras aplicações. O formato IFC usa um arquivo de texto simples, já que este formato é o único formato de dados digital verdadeiramente universal, dando origem a ficheiros com a extensão “*.txt”, “*.ifc” ou “*.ifcXML”

Quando se trabalha directamente com o esquema EXPRESS numa ferramenta de edição de texto, é inevitável falar-se em entidades (ou classes), pois no domínio IFC são as entidades que definem os comandos e acções capazes de criar informação que capta e descreve a indústria AEC/FM (Architecture, Engineering and Construction /Facility Management).



Descrição Semântica de IFC

Enquanto linguagem, o IFC usa um conjunto de expressões formadas de acordo com um conjunto de regras, o que define a gramática. Conhecendo-se os requisitos gramaticais, o conjunto de regras é inesgotável, permitindo que a partir do conceito teórico uma linguagem tenha a sua própria composição e definição estrutural pelo arranjo dos seus componentes, formando uma sequência de informação inteligível. No domínio da linguagem de programação, a descrição de como a linguagem é composta e quais são os seus constituintes é definida pela sua sintaxe e semântica, isto é, pelas regras de construção de frases e seu significado, que devem ser especificadas com precisão. A sintaxe é vista como uma compilação livre de contexto, sendo a semântica incumbida de optimizar o código e fazer a verificação dos tipos. A semântica de uma linguagem de programação e o seu mapeamento é compilada pelo Homem, criando o que se designa muitas vezes por linguagem de código (ou apenas código), cuja finalidade é a execução computacional, com especial vocação para a repetição e sistematização de acções [1].

No caso da linguagem utilizada pelo padrão IFC, o desenvolvimento e manutenção fica a cargo do “Model Support Group” (MSG), grupo implementado pela BuildingSMART. Para que uma linguagem permita a comunicação entre o emissor e o receptor, ambos devem comunicar da mesma forma, na medida em que o receptor seja capaz de reproduzir com exactidão as informações que lhe foram emitidas. Aplicando estes conceitos ao caso de estudo em causa, poder-se-á dizer que quando o emissor e o receptor não comunicam na mesma linguagem, o IFC funciona como tradutor, permitindo um entendimento entre a fonte e o destino. Esta é a finalidade que fomenta o IFC, a possibilidade de troca de informação por meio de uma linguagem comum [2].


Estrutura Interna de um Ficheiro IFC

Estrutura tipo de um ficheiro STEP [3]

Na codificação de um ficheiro IFC em formato de texto, a primeira linha e última linha de todos os arquivos IFC devem identificar a norma ISO 10303 cujo objectivo é estabelecer procedimentos e linguagem padrão para representação, interpretação e troca de informação, sendo que a primeira linha deve conter a referência “ISO-10303-21” e a última a referência “END-ISO-10303-21”. Esta referência evidência o formato de um arquivo STEP definido segundo a ISO 10303-21:2002, onde o formato de troca de dados STEP mais utilizado é o STEP-File, que devido à sua estrutura ASCII é fácil de ler com tipicamente uma instância por linha. Denote-se ainda que a ISO 10303-21 define o mecanismo de codificação na forma de representar os dados de acordo com um determinado esquema EXPRESS, padrão de linguagem para modelação de dados, baseando-se no EXPRESS mas constituindo uma variante [4].

O corpo de um arquivo que segue esta norma é dividido em duas secções, a secção “HEADER” e a secção “DATA”. Para se dar como concluída cada uma destas secções é usada uma string com o comando “ENDSEC;”.


HEADER

DATA


(under construction)


Referências Bibliográficas

  1. Gunter, C.A. Semantics of programming languages: structures and techniques: London (1992).
  2. Pazlar, Tomaz, and Ziga Turk. "Interoperability in practice: Geometric data exchange using the IFC standard." Electronic Journal of Information Technology in Construction no. 13:362-380. (2008).
  3. Nour, M. Construction Product Data and Building Information Models: VDM Publishing. (2008).
  4. ISO. ISO 10303-21:2002. In Part 21: Implementation methods: Clear text encodind of the exchange structure. (2002).