Diferenças entre edições de "Metodologias Lean"
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Revisão das 10h38min de 18 de julho de 2011
Lean encontra-se directamente associado ao conceito de magro, sem desperdício, sem excesso. As metodologias Lean assentam na optimização do fluxo de produção através do aumento da eficiência e da produtividade dos trabalhos. Uma filosofia Lean considera desperdício toda e qualquer mobilização/movimentação de recursos para fins que não a criação de valor na cadeia de produção, e aposta, portanto, na sua eliminação. A optimização do fluxo passa em grande parte pela automação de processos e pelo ajuste “na hora certa” (“just in time”) das necessidades de produção, o que significa que a produção é controlada pela necessidade. A produção é “puxada” em vez de “empurrada”. Deste modo, assegura-se que apenas se produz o que for necessário, quando for necessário, da forma mais adequada.
Os benefícios de um sistema produtivo desta natureza levaram outras indústrias a procurar aplicar estes princípios às suas próprias metodologias. Entre estas indústrias encontra-se a da construção, pelo que o termo Lean Construction surge efectivamente da adaptação das ideias Lean a este sector.
As actividades características do sector da construção, geralmente encerram um elevado grau de incerteza comparativamente com outros sectores, fruto da variabilidade das circunstâncias específicas a cada obra e da interdependência com um grande número de agentes. A variabilidade e a incerteza encontram-se entre as causas mais fortes para explicar a frequência com que os planeamentos na construção são mal concebidos. As consequências reflectem-se em quebras de performance a nível da execução dos projectos e em distúrbios nos fluxos de trabalho, o que em termos práticos se traduz em perdas a nível de custos, tempo e qualidade do produto final. A incerteza e a singularidade de cada projecto e obra obrigam ainda a ser adoptada uma abordagem para a Lean Construction algo diferente da abordagem adoptada para a Lean Production.
Uma das ferramentas/metodologias mais conhecidas para aplicação da Lean Construction é o Last Planner System. Criado especificamente para abordar o sistema produtivo da construção, visa conceber um planeamento altamente flexível, com ajustes sucessivos consoante as tarefas vizinhas e os recursos disponíveis, de modo a manter um fluxo de trabalho contínuo e com desperdícios minimizados, sempre sujeito a controlos de produção apertados de modo a aumentar a previsibilidade dos processos.
Vários tipos de projectos baseiam-se em blocos de actividades repetitivas. Exemplos incluem a construção em altura e as vias de comunicação. Em ambos os casos, existe um conjunto de actividades repetidas para várias áreas. Assim, na construção em altura poderá dividir-se a execução por pisos, e nas vias de comunicação por quilómetros, sendo que as unidades a construir posteriormente estarão sempre dependentes das unidades antecessoras, por tipo de actividade. A Linha de Balanço define-se como uma técnica gráfica de planeamento e controlo de actividades repetitivas da construção, com o intuito de obter uma visão mais simples e lógica da execução, com vista ao aumento de produtividade e eficiência dos processos de trabalho.
Nota: os conteúdos aqui presentes fazem parte de um relatório desenvolvido pela parte integrante da FEUP no projecto de investigação SIGABIM, devendo por isso, quando citados, incluir a devida referência [1].
Índice
Retrospectiva histórica
Sistemas de planeamento: "push" e "pull"
Sistema "push"
Sistema "pull"
Lean Production
Bibliografia
</references>
- ↑ SIGABIM, H. Sousa, J.P.P. Martins, A. Monteiro, Relatório SIGABIM - Estado da Arte: Building Information Modeling, Line of Balance e Código dos Contratos Públicos, Seccção de Construções Civis, Departamento de Engenharia Civil, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (2011).