Diferenças entre edições de "Codificação usando entidades IFC: Exemplo 9"
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Até este ponto foram definidas as classes com carácter mais geral, que podem fazer parte integrante da maioria dos ficheiros IFC. As classes expostas nas figuras onde se apresenta o modelo IFC e sua aplicação são as que permitem a construção dos elementos propriamente ditos. Na linha de raciocínio usada o primeiro passo foi definir uma malha de pontos (nós) e respectivas condições de fronteira (deslocamentos e restrições de mobilidade), onde posteriormente será feita a conexão dos membros estruturais (barras) dos pilares e vigas e também das lajes. Os nós foram identificados como inferior e superior para distinguir os diferentes níveis e também foram numerados para tornar mais perceptível a ligação dos pilares, vigas e laje nos pontos respectivos. | Até este ponto foram definidas as classes com carácter mais geral, que podem fazer parte integrante da maioria dos ficheiros IFC. As classes expostas nas figuras onde se apresenta o modelo IFC e sua aplicação são as que permitem a construção dos elementos propriamente ditos. Na linha de raciocínio usada o primeiro passo foi definir uma malha de pontos (nós) e respectivas condições de fronteira (deslocamentos e restrições de mobilidade), onde posteriormente será feita a conexão dos membros estruturais (barras) dos pilares e vigas e também das lajes. Os nós foram identificados como inferior e superior para distinguir os diferentes níveis e também foram numerados para tornar mais perceptível a ligação dos pilares, vigas e laje nos pontos respectivos. | ||
− | [[Ficheiro:Modelo IFC – Nós de ligação do Pilar 1.png|thumb|center|800px|Modelo IFC – Nós de ligação do Pilar 1]] | + | [[Ficheiro:Modelo IFC – Nós de ligação do Pilar 1.png|thumb|center|800px|Modelo IFC – Nós de ligação do Pilar 1 <ref name ="Sergio Pinho,2013">S. Pinho, “O Modelo IFC como agente de interoperabilidade: Aplicação ao domínio das estruturas,” Universidade do Porto - Faculdade de Engenharia, 2013.</ref>]] |
− | [[Ficheiro:Aplicação – Nós de ligação do Pilar 1.png|thumb|center|800px|Aplicação – Nós de ligação do Pilar 1]] | + | [[Ficheiro:Aplicação – Nós de ligação do Pilar 1.png|thumb|center|800px|Aplicação – Nós de ligação do Pilar 1 <ref name ="Sergio Pinho,2013">S. Pinho, “O Modelo IFC como agente de interoperabilidade: Aplicação ao domínio das estruturas,” Universidade do Porto - Faculdade de Engenharia, 2013.</ref>]] |
− | A definição de um nó é feita através do IfcVertexPoint que aplica esse nó ao ponto cartesiano que lhe está inversamente atribuído. A definição de nó estrutural ou ponto de suporte é dada pelo IfcStructuralPointConnection. Para que se possa fazer uma confirmação visual da correcta definição do nó, deve-se atribuir uma representação topológica ao elemento estrutural recorrendo à entidade IfcTopologyRepresentation cuja representação será feita através do IfcProductDefinitionShape. As referências topológicas variam consoante o tipo de elemento. Para a definição de um nó devem ser usados o identificador e tipo de representação “Reference” e “Vertex”, para a definição de uma barra “Reference” e “Edge” e para a definição de um plano “Reference” e “Face”. | + | A definição de um nó é feita através do ''IfcVertexPoint'' que aplica esse nó ao ponto cartesiano que lhe está inversamente atribuído. A definição de nó estrutural ou ponto de suporte é dada pelo ''IfcStructuralPointConnection''. Para que se possa fazer uma confirmação visual da correcta definição do nó, deve-se atribuir uma representação topológica ao elemento estrutural recorrendo à entidade ''IfcTopologyRepresentation'' cuja representação será feita através do ''IfcProductDefinitionShape''. As referências topológicas variam consoante o tipo de elemento. Para a definição de um nó devem ser usados o identificador e tipo de representação “Reference” e “Vertex”, para a definição de uma barra “Reference” e “Edge” e para a definição de um plano “Reference” e “Face”. |
− | O IfcBoundaryNodeCondition descreve as condições de apoio e conexões, permitindo restringir o movimento numa dada direcção através de valores booleanos de verdadeiro ou falso. Nos exemplos asseguir apresentados, o nó inferior é encastrado e por isso todos os booleanos são identificados como verdadeiros, isto é, o movimento é restringido em todas as direcções. Note-se que o encastramento do nó inferior faz neste caso a representação analítica de uma sapata. Na definição das condições de fronteira dos nós superiores não seria necessário definir o IfcBoundaryNodeCondition, pois neste caso esta instância não vem atribuir nenhuma limitação já que todos os valores booleanos são identificados como falso, não definindo assim nenhum tipo de restrição ao movimento (livre). Neste caso particular esta referência foi feita por uma questão de coerência metodológica. | + | O ''IfcBoundaryNodeCondition'' descreve as condições de apoio e conexões, permitindo restringir o movimento numa dada direcção através de valores booleanos de verdadeiro ou falso. Nos exemplos asseguir apresentados, o nó inferior é encastrado e por isso todos os booleanos são identificados como verdadeiros, isto é, o movimento é restringido em todas as direcções. Note-se que o encastramento do nó inferior faz neste caso a representação analítica de uma sapata. Na definição das condições de fronteira dos nós superiores não seria necessário definir o ''IfcBoundaryNodeCondition'', pois neste caso esta instância não vem atribuir nenhuma limitação já que todos os valores booleanos são identificados como falso, não definindo assim nenhum tipo de restrição ao movimento (livre). Neste caso particular esta referência foi feita por uma questão de coerência metodológica. |
− | [[Ficheiro:Modelo IFC – Membro estrutural do Pilar 1.png|thumb|center|800px|Modelo IFC – Membro estrutural do Pilar 1]] | + | [[Ficheiro:Modelo IFC – Membro estrutural do Pilar 1.png|thumb|center|800px|Modelo IFC – Membro estrutural do Pilar 1 <ref name ="Sergio Pinho,2013">S. Pinho, “O Modelo IFC como agente de interoperabilidade: Aplicação ao domínio das estruturas,” Universidade do Porto - Faculdade de Engenharia, 2013.</ref>]] |
− | [[Ficheiro:Modelo IFC – Membro estrutural da Viga 1.png|thumb|center|800px|Modelo IFC – Membro estrutural da Viga 1]] | + | [[Ficheiro:Modelo IFC – Membro estrutural da Viga 1.png|thumb|center|800px|Modelo IFC – Membro estrutural da Viga 1 <ref name ="Sergio Pinho,2013">S. Pinho, “O Modelo IFC como agente de interoperabilidade: Aplicação ao domínio das estruturas,” Universidade do Porto - Faculdade de Engenharia, 2013.</ref>]] |
− | [[Ficheiro:Aplicação – Membro estrutural do Pilar 1 e(ou) Viga 1.png|thumb|center|800px|Aplicação – Membro estrutural do Pilar 1 e/ou Viga 1]] | + | [[Ficheiro:Aplicação – Membro estrutural do Pilar 1 e(ou) Viga 1.png|thumb|center|800px|Aplicação – Membro estrutural do Pilar 1 e/ou Viga 1 <ref name ="Sergio Pinho,2013">S. Pinho, “O Modelo IFC como agente de interoperabilidade: Aplicação ao domínio das estruturas,” Universidade do Porto - Faculdade de Engenharia, 2013.</ref>]] |
− | A definição estrutural dos pilares e vigas é feita da mesma forma e com uma metodologia semelhante à definição dos nós. Agora, em vez de usada a entidade IfcVertexPoint é utilizada a entidade IfcEdge que juntamente com o IfcStructuralCurveMember faz a definição estrutural de uma barra e no lugar do IfcStructuralPointConnection é usado o IfcRelConnectsStructuralMember. Note-se que o uso desta entidade foi feita em duplicado porque se pretende que as barras estejam unidas por dois pontos. Estruturalmente a diferença entre pilares e vigas está apenas na orientação da peça, uma viga tem o seu eixo baricêntrico contido num plano horizontal e um pilar tem o seu eixo baricêntrico num plano vertical. Tanto para a situação dos pilares como para a situação das vigas poderia ter sido utilizadas as classes IfcDirection definidas inicialmente, apenas se voltou a redefinir estas classes para facilitar a mudança de direcção de um dos pilares ou vigas, caso de se revelar necessário. | + | A definição estrutural dos pilares e vigas é feita da mesma forma e com uma metodologia semelhante à definição dos nós. Agora, em vez de usada a entidade ''IfcVertexPoint'' é utilizada a entidade ''IfcEdge'' que juntamente com o ''IfcStructuralCurveMember'' faz a definição estrutural de uma barra e no lugar do ''IfcStructuralPointConnection'' é usado o ''IfcRelConnectsStructuralMember''. Note-se que o uso desta entidade foi feita em duplicado porque se pretende que as barras estejam unidas por dois pontos. Estruturalmente a diferença entre pilares e vigas está apenas na orientação da peça, uma viga tem o seu eixo baricêntrico contido num plano horizontal e um pilar tem o seu eixo baricêntrico num plano vertical. Tanto para a situação dos pilares como para a situação das vigas poderia ter sido utilizadas as classes ''IfcDirection'' definidas inicialmente, apenas se voltou a redefinir estas classes para facilitar a mudança de direcção de um dos pilares ou vigas, caso de se revelar necessário. |
As seguintes figuras procuram fazer a demontração da definição estrutural de uma laje. | As seguintes figuras procuram fazer a demontração da definição estrutural de uma laje. | ||
− | [[Ficheiro:Modelo IFC – Membro estrutural da Laje 1.png|thumb|center|800px|Modelo IFC – Membro estrutural da Laje 1]] | + | [[Ficheiro:Modelo IFC – Membro estrutural da Laje 1.png|thumb|center|800px|Modelo IFC – Membro estrutural da Laje 1 <ref name ="Sergio Pinho,2013">S. Pinho, “O Modelo IFC como agente de interoperabilidade: Aplicação ao domínio das estruturas,” Universidade do Porto - Faculdade de Engenharia, 2013.</ref>]] |
− | [[Ficheiro:Aplicação – Membro estrutural da Laje 1.png|thumb|center|800px|Aplicação – Membro estrutural da Laje 1]] | + | [[Ficheiro:Aplicação – Membro estrutural da Laje 1.png|thumb|center|800px|Aplicação – Membro estrutural da Laje 1 <ref name ="Sergio Pinho,2013">S. Pinho, “O Modelo IFC como agente de interoperabilidade: Aplicação ao domínio das estruturas,” Universidade do Porto - Faculdade de Engenharia, 2013.</ref>]] |
− | Para finalizar a determinação dos elementos estruturais é necessário estabelecer uma relação entre os vários elementos e o IfcStructuralAnalysisModel (classe que será exposta mais à frente em momento oportuno), relação essa que é feita através do IfcRelAssignToGroup que faz a atribuição de definições de objectos a um determinado grupo. | + | Para finalizar a determinação dos elementos estruturais é necessário estabelecer uma relação entre os vários elementos e o ''IfcStructuralAnalysisModel'' (classe que será exposta mais à frente em momento oportuno), relação essa que é feita através do ''IfcRelAssignToGroup'' que faz a atribuição de definições de objectos a um determinado grupo. |
− | [[Ficheiro:Modelo IFC – Atribuição dos nós e membros estruturais ao modelo de análise estrutural.png|thumb|center|800px|Modelo IFC – Atribuição dos nós e membros estruturais ao modelo de análise estrutural]] | + | [[Ficheiro:Modelo IFC – Atribuição dos nós e membros estruturais ao modelo de análise estrutural.png|thumb|center|800px|Modelo IFC – Atribuição dos nós e membros estruturais ao modelo de análise estrutural <ref name ="Sergio Pinho,2013">S. Pinho, “O Modelo IFC como agente de interoperabilidade: Aplicação ao domínio das estruturas,” Universidade do Porto - Faculdade de Engenharia, 2013.</ref>]] |
− | [[Ficheiro:Aplicação – Atribuição dos nós e membros estruturais ao modelo de análise estrutural.png|thumb|center|800px|Aplicação – Atribuição dos nós e membros estruturais ao modelo de análise estrutural]] | + | [[Ficheiro:Aplicação – Atribuição dos nós e membros estruturais ao modelo de análise estrutural.png|thumb|center|800px|Aplicação – Atribuição dos nós e membros estruturais ao modelo de análise estrutural <ref name ="Sergio Pinho,2013">S. Pinho, “O Modelo IFC como agente de interoperabilidade: Aplicação ao domínio das estruturas,” Universidade do Porto - Faculdade de Engenharia, 2013.</ref>]] |
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Edição atual desde as 14h11min de 24 de outubro de 2013
Elementos Estruturais
Até este ponto foram definidas as classes com carácter mais geral, que podem fazer parte integrante da maioria dos ficheiros IFC. As classes expostas nas figuras onde se apresenta o modelo IFC e sua aplicação são as que permitem a construção dos elementos propriamente ditos. Na linha de raciocínio usada o primeiro passo foi definir uma malha de pontos (nós) e respectivas condições de fronteira (deslocamentos e restrições de mobilidade), onde posteriormente será feita a conexão dos membros estruturais (barras) dos pilares e vigas e também das lajes. Os nós foram identificados como inferior e superior para distinguir os diferentes níveis e também foram numerados para tornar mais perceptível a ligação dos pilares, vigas e laje nos pontos respectivos.
A definição de um nó é feita através do IfcVertexPoint que aplica esse nó ao ponto cartesiano que lhe está inversamente atribuído. A definição de nó estrutural ou ponto de suporte é dada pelo IfcStructuralPointConnection. Para que se possa fazer uma confirmação visual da correcta definição do nó, deve-se atribuir uma representação topológica ao elemento estrutural recorrendo à entidade IfcTopologyRepresentation cuja representação será feita através do IfcProductDefinitionShape. As referências topológicas variam consoante o tipo de elemento. Para a definição de um nó devem ser usados o identificador e tipo de representação “Reference” e “Vertex”, para a definição de uma barra “Reference” e “Edge” e para a definição de um plano “Reference” e “Face”.
O IfcBoundaryNodeCondition descreve as condições de apoio e conexões, permitindo restringir o movimento numa dada direcção através de valores booleanos de verdadeiro ou falso. Nos exemplos asseguir apresentados, o nó inferior é encastrado e por isso todos os booleanos são identificados como verdadeiros, isto é, o movimento é restringido em todas as direcções. Note-se que o encastramento do nó inferior faz neste caso a representação analítica de uma sapata. Na definição das condições de fronteira dos nós superiores não seria necessário definir o IfcBoundaryNodeCondition, pois neste caso esta instância não vem atribuir nenhuma limitação já que todos os valores booleanos são identificados como falso, não definindo assim nenhum tipo de restrição ao movimento (livre). Neste caso particular esta referência foi feita por uma questão de coerência metodológica.
A definição estrutural dos pilares e vigas é feita da mesma forma e com uma metodologia semelhante à definição dos nós. Agora, em vez de usada a entidade IfcVertexPoint é utilizada a entidade IfcEdge que juntamente com o IfcStructuralCurveMember faz a definição estrutural de uma barra e no lugar do IfcStructuralPointConnection é usado o IfcRelConnectsStructuralMember. Note-se que o uso desta entidade foi feita em duplicado porque se pretende que as barras estejam unidas por dois pontos. Estruturalmente a diferença entre pilares e vigas está apenas na orientação da peça, uma viga tem o seu eixo baricêntrico contido num plano horizontal e um pilar tem o seu eixo baricêntrico num plano vertical. Tanto para a situação dos pilares como para a situação das vigas poderia ter sido utilizadas as classes IfcDirection definidas inicialmente, apenas se voltou a redefinir estas classes para facilitar a mudança de direcção de um dos pilares ou vigas, caso de se revelar necessário.
As seguintes figuras procuram fazer a demontração da definição estrutural de uma laje.
Para finalizar a determinação dos elementos estruturais é necessário estabelecer uma relação entre os vários elementos e o IfcStructuralAnalysisModel (classe que será exposta mais à frente em momento oportuno), relação essa que é feita através do IfcRelAssignToGroup que faz a atribuição de definições de objectos a um determinado grupo.