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+ | Como não existe um referencial definido e universalmente aceite no que respeita às trocas de informação na construção, em cada projecto ou obra há necessidade de definir muitos conceitos de raiz, o que se traduz num esforço muito grande para as organizações que nunca se consegue verdadeiramente completar, o que gera desperdícios de energias, não qualidade, bem como uma dificuldade de entendimento entre as partes envolvidas no processo construtivo; | ||
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+ | Portugal apresenta ainda debilidades estruturais ao nível da sistematização e uniformização na abordagem documental à construção que muitos países da UE já ultrapassaram (veja-se o exemplo das NTE e bases de dados disponíveis em Espanha, dos DTU e REEF em França, etc.); | ||
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+ | Em Portugal falta bastante documentação de referência, designadamente as “regras da boa arte” escritas, bem como a síntese e divulgação da informação existente de forma acessível em termos técnicos e mesmo económicos. Não existem garantias de que a actividade de normalização no CEN venha a suprir todas as lacunas acima referidas, pelo que é necessário um esforço nacional concertado para melhorar os aspectos em apreço; | ||
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+ | Parece óbvia a necessidade de alterar este estado de coisas, de uma forma relativamente ambiciosa, mas suficientemente pragmática e por etapas, para conseguir mobilizar e conquistar para o processo os intervenientes e organizações de referência e de maior dimensão. | ||
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+ | ==''Antecedentes Próximos''== | ||
+ | Foi concluído recentemente o projecto CIC-NET, financiado pela Agência de Inovação, que visou o estabelecimento de uma rede de cooperação estratégica entre empresas do processo de construção, promovido pelo consórcio de empresas CIC-NET e que contou como prestadores do serviço de I&D o IC da FEUP, o INESC PORTO, AICCOPN e APCMC. No âmbito deste processo desenvolveram-se conceitos de base, metodologias e aplicações informáticas dirigidas fundamentalmente para a definição de Bases de Dados Gerais de Articulados de Medições, Formatos de Cadernos de Encargos e Definição de uma Estrutura de Classificação e Codificação de Produtos de Construção. | ||
+ | A informação sobre o projecto pode ser consultada no web site [http://www.adi.pt/sectores%20de%20actividade/projectos/cic-net.htm CIC-NET] | ||
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+ | A experiência de aplicação do CIC-NET tem evidenciado as suas potencialidades e limitações, mostrando que se justifica o seu desenvolvimento e aperfeiçoamento num novo projecto, o ProNIC. O novo projecto tem início no CIC-NET, e visa aumentar as suas potencialidades, alargando o seu interesse a mais entidades que exercem a sua actividade na Indústria da Construção, através da criação de conteúdos para os modelos de funcionamento criados seguindo o modelo desenvolvido. | ||
+ | O LNEC manifestou desde logo o seu apoio ao projecto constituindo-se como parceiro do INESC Porto e do IC (FEUP) nesta nova fase de desenvolvimento. | ||
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+ | Classificação e codificação dos materiais utilizando a metodologia de classificação e codificação de materiais genéricos desenvolvida no projecto anterior (CIC-NET). | ||
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+ | Constituição de um banco de modelos de referência. | ||
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+ | Estes conteúdos serão desenvolvidos e validados por um conjunto de especialistas e de profissionais do IC, do LNEC e da DGEMN, bem como de outros especialistas com experiência amplamente reconhecida. O faseamento para a produção dos conteúdos será feita de acordo com as seguintes etapas: | ||
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+ | - 1ª fase – conservação e reabilitação de edifícios; | ||
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+ | - 2ª fase –trabalhos gerais de edifícios e de infra-estruturas rodoviárias; | ||
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+ | A 1ª fase, referente ao trabalhos de conservação e reabilitação de edifícios justifica-se por se tratar de um domínio de particular interesse para a DGEMN e para o qual o investimento vai crescer significativamente, à semelhança do que já se passa em vários países da UE onde a fatia de investimento já é maior na reabilitação do que na construção, e onde há mais falta e necessidade de informação técnica de base. A DGEMN tem particular interesse nesta área tendo já realizado no passado recente um esforço significativo no sentido de normalizar os procedimentos e informação usada nos concursos públicos para posterior realização de trabalhos de restauro de edifícios. | ||
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+ | A 2ª fase refere-se a trabalhos gerais de construção de edifícios e de infraestruturas rodoviárias que interessam respectivamente ao INH e ao IEP. No caso do INH o interesse prende-se com o projecto e construção de edifícios novos financiadas por esta instituição e no caso do IEP permitirá tirar maior partido do repositório de informação sobre os trabalhos de infraestruturas rodoviárias e do esforço de normalização que esta entidade tem desenvolvido. | ||
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+ | • A implementação de um conjunto de aplicações informáticas que permitam a gestão dos conteúdos criados e a sua utilização pelos diversos intervenientes no processo construtivo. | ||
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+ | Apoio à gestão de conteúdos nas suas várias fases. A ferramenta deverá permitir o arquivo, pesquisa e validação dos conteúdos desenvolvidos. Para garantir a credibilidade necessária a este sistema, os conteúdos serão desenvolvidos e inseridos na base de dados por especialistas e posteriormente validados por outros especialistas. | ||
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+ | Ferramenta de apoio à elaboração de projectos, gestão de concursos e subempreitadas, que deverá permitir: | ||
+ | - a elaboração de articulados específicos de obras, vulgo mapas de trabalhos. | ||
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+ | - a associação a esses trabalhos de quantidades ( medições propriamente ditas); | ||
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+ | - arquivo da informação relativa a cada obra de forma estruturada numa base de dados, para facilitar a gestão da informação e a sua transferência entre os vários intervenientes; | ||
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+ | - a criação e elaboração dos cadernos de encargos de projectos/obras específicas nos formatos electrónicos mais divulgados; | ||
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+ | - a associação aos trabalhos de outros documentos relevantes para a concretização/especificação dos mesmos ( desenhos, mapas, catálogos, etc.); | ||
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+ | - a articulação com as fichas de custos padrão desses trabalhos, permitindo por exemplo ter estimativas orçamentais mais rigorosas na fase de projecto; | ||
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+ | - associar aos trabalhos os materiais e produtos de construção necessários à sua execução, utilizando uma classificação e codificação standarizadas; | ||
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+ | - analisar de forma comparada propostas relativas à mesma obra, no mínimo em termos de comparação de preços; | ||
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+ | - desdobrar a documentação contratual do concurso em sub-unidades correspondentes às subempreitadas em que a execução da obra se possa dividir; | ||
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+ | - gerir de forma muito simples e directa nas obras os contratos de subempreitada. | ||
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+ | Interface de integração com sistemas de gestão empresarial (ERP) e sistemas de orçamentação. | ||
+ | Este interface permitirá que sistemas de orçamentação e ERPs possam implementar de uma forma simples mecanismos de leitura e transferência da informação de um concurso (no formato estruturado da base de dados criada pelo sistema). A especificação da interface será aberta, permitindo assim que qualquer sistema se possa integrar com as ferramentas de gestão de conteúdos, nomeadamente com a ferramenta de gestão dos cadernos de encargos. Para além da documentação de suporte será fornecida uma implementação exemplo do interface. | ||
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+ | As ferramentas acima mencionadas possuirão para além de um interface aplicacional, um interface web que disponibilizará um conjunto de serviços, nomeadamente tornando possível a actualização dos conteúdos e aplicações via Internet; será igualmente permitido correr as aplicações de gestão dos conteúdos através do interface web, garantindo obviamente os níveis de segurança necessários. | ||
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+ | =Resultados e benefícios esperados= | ||
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+ | Pretende-se que a utilização das metodologias e ferramentas permitam atingir os seguintes impactos no sector da construção: | ||
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+ | • Criação de uma referência sobre a melhores práticas na execução de trabalhos de construção, o que contribuirá certamente para uma melhoria da qualidade na realização dos trabalhos. As especificações técnicas de trabalhos e materiais, as fichas de custo, a higiene e segurança e as regras de medição, ancoradas num articulado base serão a espinha dorsal desta metodologia. | ||
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+ | • Redução de custos na elaboração e análise de cadernos de encargos. | ||
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+ | • Redução de custos e prazos na fase de orçamentação. | ||
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+ | • Redução de custos da não qualidade e trabalhos a mais provocados por erros de interpretação dos documentos de concurso e de projecto. | ||
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+ | • Obtenção de modelos de referência para os vários tipos de obras e trabalhos. | ||
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+ | • Gestão das empreitadas e sub-empreitadas mais facilitada pela melhoria da informação técnica disponibilizada. | ||
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+ | • Disponibilização de elementos com o objectivo de melhorar o desempenho da actividade de fiscalização. | ||
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+ | =Consórcio ProNIC= | ||
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+ | [http://paginas.fe.up.pt/~dec/pt/services/institutes/institute_ic.html Instituto da Construção - FEUP] | ||
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+ | [http://www.lnec.pt/ Laboratório Nacional de Engenharia Civil] | ||
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+ | [http://www2.inescporto.pt/ INESC Porto] | ||
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+ | [[Categoria:Gestão da Informação]] | ||
+ | [[Categoria:Gestão de Projectos]] | ||
+ | [[Categoria:Gequaltec]] | ||
+ | [[Categoria:Legislação]] | ||
+ | [[Categoria:ProNIC]] | ||
+ | [[Categoria:Projectos de Investigação]] |
Edição atual desde as 00h32min de 4 de novembro de 2011
Índice
Descrição Sumária do Problema Objecto do Projecto
Enquadramento
Portugal apresenta debilidades no que concerne à qualidade na construção que se radicam em várias origens;
Sabe-se que as etapas iniciais do processo construtivo - Promoção, Concepção e Projecto - são responsáveis por uma parcela significativa das não conformidades que se verificam nas obras;
Sabe-se que a documentação produzida na fase de Projecto – documentação de comunicação à obra – atravessa horizontalmente todo o processo construtivo e é o suporte para as relações contratuais entre os vários intervenientes;
Como não existe um referencial definido e universalmente aceite no que respeita às trocas de informação na construção, em cada projecto ou obra há necessidade de definir muitos conceitos de raiz, o que se traduz num esforço muito grande para as organizações que nunca se consegue verdadeiramente completar, o que gera desperdícios de energias, não qualidade, bem como uma dificuldade de entendimento entre as partes envolvidas no processo construtivo;
Portugal apresenta ainda debilidades estruturais ao nível da sistematização e uniformização na abordagem documental à construção que muitos países da UE já ultrapassaram (veja-se o exemplo das NTE e bases de dados disponíveis em Espanha, dos DTU e REEF em França, etc.);
Em Portugal falta bastante documentação de referência, designadamente as “regras da boa arte” escritas, bem como a síntese e divulgação da informação existente de forma acessível em termos técnicos e mesmo económicos. Não existem garantias de que a actividade de normalização no CEN venha a suprir todas as lacunas acima referidas, pelo que é necessário um esforço nacional concertado para melhorar os aspectos em apreço;
Parece óbvia a necessidade de alterar este estado de coisas, de uma forma relativamente ambiciosa, mas suficientemente pragmática e por etapas, para conseguir mobilizar e conquistar para o processo os intervenientes e organizações de referência e de maior dimensão.
Antecedentes Próximos
Foi concluído recentemente o projecto CIC-NET, financiado pela Agência de Inovação, que visou o estabelecimento de uma rede de cooperação estratégica entre empresas do processo de construção, promovido pelo consórcio de empresas CIC-NET e que contou como prestadores do serviço de I&D o IC da FEUP, o INESC PORTO, AICCOPN e APCMC. No âmbito deste processo desenvolveram-se conceitos de base, metodologias e aplicações informáticas dirigidas fundamentalmente para a definição de Bases de Dados Gerais de Articulados de Medições, Formatos de Cadernos de Encargos e Definição de uma Estrutura de Classificação e Codificação de Produtos de Construção. A informação sobre o projecto pode ser consultada no web site CIC-NET
A experiência de aplicação do CIC-NET tem evidenciado as suas potencialidades e limitações, mostrando que se justifica o seu desenvolvimento e aperfeiçoamento num novo projecto, o ProNIC. O novo projecto tem início no CIC-NET, e visa aumentar as suas potencialidades, alargando o seu interesse a mais entidades que exercem a sua actividade na Indústria da Construção, através da criação de conteúdos para os modelos de funcionamento criados seguindo o modelo desenvolvido. O LNEC manifestou desde logo o seu apoio ao projecto constituindo-se como parceiro do INESC Porto e do IC (FEUP) nesta nova fase de desenvolvimento.
Objectivos Tecnológicos do Projecto
Os objectivos tecnológicos do projecto incluem:
• A criação de uma base de dados de conhecimento sobre os trabalhos de construção contendo:
Informação técnica sobre os trabalhos de construção (na primeira fase de conservação e reabilitação de edifícios e na segunda fase para outros trabalhos de construção) incluindo os aspectos seguintes:
- Especificações técnicas;
- Regras de medição;
- Fichas de custos;
- Regras de segurança;
Classificação e codificação dos materiais utilizando a metodologia de classificação e codificação de materiais genéricos desenvolvida no projecto anterior (CIC-NET).
Constituição de um banco de modelos de referência.
Estes conteúdos serão desenvolvidos e validados por um conjunto de especialistas e de profissionais do IC, do LNEC e da DGEMN, bem como de outros especialistas com experiência amplamente reconhecida. O faseamento para a produção dos conteúdos será feita de acordo com as seguintes etapas:
- 1ª fase – conservação e reabilitação de edifícios;
- 2ª fase –trabalhos gerais de edifícios e de infra-estruturas rodoviárias;
A 1ª fase, referente ao trabalhos de conservação e reabilitação de edifícios justifica-se por se tratar de um domínio de particular interesse para a DGEMN e para o qual o investimento vai crescer significativamente, à semelhança do que já se passa em vários países da UE onde a fatia de investimento já é maior na reabilitação do que na construção, e onde há mais falta e necessidade de informação técnica de base. A DGEMN tem particular interesse nesta área tendo já realizado no passado recente um esforço significativo no sentido de normalizar os procedimentos e informação usada nos concursos públicos para posterior realização de trabalhos de restauro de edifícios.
A 2ª fase refere-se a trabalhos gerais de construção de edifícios e de infraestruturas rodoviárias que interessam respectivamente ao INH e ao IEP. No caso do INH o interesse prende-se com o projecto e construção de edifícios novos financiadas por esta instituição e no caso do IEP permitirá tirar maior partido do repositório de informação sobre os trabalhos de infraestruturas rodoviárias e do esforço de normalização que esta entidade tem desenvolvido.
• A implementação de um conjunto de aplicações informáticas que permitam a gestão dos conteúdos criados e a sua utilização pelos diversos intervenientes no processo construtivo.
Apoio à gestão de conteúdos nas suas várias fases. A ferramenta deverá permitir o arquivo, pesquisa e validação dos conteúdos desenvolvidos. Para garantir a credibilidade necessária a este sistema, os conteúdos serão desenvolvidos e inseridos na base de dados por especialistas e posteriormente validados por outros especialistas.
Ferramenta de apoio à elaboração de projectos, gestão de concursos e subempreitadas, que deverá permitir: - a elaboração de articulados específicos de obras, vulgo mapas de trabalhos.
- a associação a esses trabalhos de quantidades ( medições propriamente ditas);
- arquivo da informação relativa a cada obra de forma estruturada numa base de dados, para facilitar a gestão da informação e a sua transferência entre os vários intervenientes;
- a criação e elaboração dos cadernos de encargos de projectos/obras específicas nos formatos electrónicos mais divulgados;
- a associação aos trabalhos de outros documentos relevantes para a concretização/especificação dos mesmos ( desenhos, mapas, catálogos, etc.);
- a articulação com as fichas de custos padrão desses trabalhos, permitindo por exemplo ter estimativas orçamentais mais rigorosas na fase de projecto;
- associar aos trabalhos os materiais e produtos de construção necessários à sua execução, utilizando uma classificação e codificação standarizadas;
- analisar de forma comparada propostas relativas à mesma obra, no mínimo em termos de comparação de preços;
- desdobrar a documentação contratual do concurso em sub-unidades correspondentes às subempreitadas em que a execução da obra se possa dividir;
- gerir de forma muito simples e directa nas obras os contratos de subempreitada.
Interface de integração com sistemas de gestão empresarial (ERP) e sistemas de orçamentação. Este interface permitirá que sistemas de orçamentação e ERPs possam implementar de uma forma simples mecanismos de leitura e transferência da informação de um concurso (no formato estruturado da base de dados criada pelo sistema). A especificação da interface será aberta, permitindo assim que qualquer sistema se possa integrar com as ferramentas de gestão de conteúdos, nomeadamente com a ferramenta de gestão dos cadernos de encargos. Para além da documentação de suporte será fornecida uma implementação exemplo do interface.
As ferramentas acima mencionadas possuirão para além de um interface aplicacional, um interface web que disponibilizará um conjunto de serviços, nomeadamente tornando possível a actualização dos conteúdos e aplicações via Internet; será igualmente permitido correr as aplicações de gestão dos conteúdos através do interface web, garantindo obviamente os níveis de segurança necessários.
Resultados e benefícios esperados
Pretende-se que a utilização das metodologias e ferramentas permitam atingir os seguintes impactos no sector da construção:
• Criação de uma referência sobre a melhores práticas na execução de trabalhos de construção, o que contribuirá certamente para uma melhoria da qualidade na realização dos trabalhos. As especificações técnicas de trabalhos e materiais, as fichas de custo, a higiene e segurança e as regras de medição, ancoradas num articulado base serão a espinha dorsal desta metodologia.
• Redução de custos na elaboração e análise de cadernos de encargos.
• Redução de custos e prazos na fase de orçamentação.
• Redução de custos da não qualidade e trabalhos a mais provocados por erros de interpretação dos documentos de concurso e de projecto.
• Obtenção de modelos de referência para os vários tipos de obras e trabalhos.
• Gestão das empreitadas e sub-empreitadas mais facilitada pela melhoria da informação técnica disponibilizada.
• Disponibilização de elementos com o objectivo de melhorar o desempenho da actividade de fiscalização.
Consórcio ProNIC
Instituto da Construção - FEUP